Pra variar, Clint Eastwood é superestimado por seu mais novo trabalho, “A conquista da Honra”. Ricardo Calil: “Em fase gloriosa de sua carreira, o velho Clint faz um belo ensaio sobre o poder da imagem e a essência do heroísmo”.
Com a parte sobre o poder da imagem eu até concordo, o resto é balela. Tirando ‘Os imperdoáveis’, nunca vi algo muito bom do diretor.
Verdade que ele consegue tirar o que quer dos atores e sabe compor um plano – o da bandeira sendo erguida em um estádio pelos soldados, em uma das cerimônias para arrecadar bônus de guerra, é extraordinário. Por outro lado, há seqüências difíceis de engolir, como a dos canhões e metralhadoras dos japoneses sendo preparados para entrar em ação com uma música de suspense ao fundo. Lembra até Top Gang. E o final, que tem seu mérito por tentar evitar o famoso “Fulano virou isso e morreu disso, em tal ano”, é um pouco melodramático demais.
O fechamento da história, aliás, concentra a maior parte dos problemas do filme. É um arrastado que parece sem fim. O que talvez até faça muita gente ficar com a impressão que o filme é (todo) ruim. Não é.
Agora é esperar por “Cartas de Iwo Jima” e ver como Clint se sai contando o outro lado da história. Confesso que estou curioso.
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