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4.2.07

O desafio dos filmes adaptados de séries ou programas da TV Globo é oferecer algo diferente do que se vê no vídeo. A iniciativa às vezes funciona, às vezes não funciona. Geralmente não funciona.
Uma escolha óbvia nesse sentido é sair dos estúdios do Projac e respirar um pouco de ar. Cenas de rua, cenários que nunca apareceram na TV, cenas de estrada que de fato foram captadas em estradas e não com chroma key etc.
Mas no caso de A Grande Família o que mais me chamou a atenção é a adição de um elemento dramático ao tom cômico da série. Quem se aproveitou bem disso foi Marco Nanini, que compôs um Lineu tragicômico bem diferente do da TV. Os outros atores ficam na mesma. E o convidado Paulo Betti tem pouco brilho.
No geral, as piadas estão piores do que a média do programa. Tem até uma gagzinha escatológica bem ao gosto do pior humor hollywoodiano atual. O roteiro, meio pesadão, faz uma e hora e meia parece quatro.
Ponto positivo para a trilha sonora, com bregões estilosos, Jovem Guarda e Roberto Carlos.

*

Um cara que reconhece um odor a quilômetros de distância. Parece ridídulo. Um serial killer que mata doces donzelas por uma razão aparentemente banal. Soa sádico e repugnante. Isso se não estivéssemos falando do habilidoso Tom Tykwer. Esqueça Corra, Lola, Corra. Com A Princesa e o Guerreiro e agora este Perfume, o alemão se afirma como um dos diretores mais interessantes do atual cinema europeu.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu gosto muito de corra,lola, corra.