Jabor tá se achando. Fez seu Amarcord. E fez pros amigos do Cinema Novo, já que a estética do filme é datada, inclusive com clichês do tipo relacionar eventos da natureza a atitudes humanas... Tem coisa pior por aí, mas como resultado, o filme é um Sub-Eu me Lembro.
Mudando de assunto mas continuando no mesmo assunto, como diria Maranhão, achei essa entrevista, deliciosa, principalmente por dar uma ideia do que já foi nosso cinema (aqui não vai um juízo de valor; não sou necessariamente saudosista).
Um trecho, só pra dar vontade:
E não era nenhuma passeata contra o filme?
Cláudio Cunha: Não, era fila, mesmo! E não era pra menos: na entrada no Marabá, em letras garrafais, uma faixa anunciava: "Snuff – O filme em que as atrizes foram estupradas e assassinadas de verdade"; "Snuff - O filme assassino" e coisas desse tipo. Como eu sabia que o filme teria impacto, eu também havia me precavido: contratei duas mulheres para gritarem na primeira sessão. Eram umas professoras que ganhavam um salário de merda, viajavam com a cópia para gritar e controlar a bilheteria. Foi uma loucura, as matines lotavam, e eram aquelas lotações gigantes, com mais de mil pessoas por sessão.
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