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24.9.10

Não sei se já escrevi aqui, mas futebol e cinema são duas coisas que casam muito bem. "Soberano", filme sobre os seis títulos brasileiros do São Paulo, é minha segunda experiência com futebol no cinema, o que é melhor ainda ("Boleiros", de Ugo Giorgetti, por exemplo, é ótimo, mas eu não vi em tela grande). Bem que podiam transmitir jogos ao vivo nos cinemas, como já fazem com shows de Rock. Eu iria fácil.

Na minha sessão, havia cerca de duas pessoas para cada título do São Paulo, ou seja, umas doze. Entre eles, um pai doutrinando o filho, explicando coisas como "esse é o Telê, ele já morreu..."

O melhor do documentário é a vibe Canal 100, com as imagens e os aúdios - locuções de rádio de Fiori Gigliotti, Osmar Santos e outros monstros - de arquivo dos primeiros triunfos tricolores, em 1978 e 1986.

Depois fica mais chato, e a culpa nem é dos diretores/roteiristas, coitados, mas sim do regulamento, que criou os pontos corridos e decepou 96% da emoção dos campeonatos brasileiros. Linear, o clímax de Soberano é no início, com as sensacionais decisões por pênaltis contra Atlético Mineiro e Guarani. O resto é encheção de linguiça e jogo de Ceni. Mas mesmo assim vale a pena.

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