Muitos não sabem, mas o jovem Vinícius de Moraes atuou como crítico de cinema, quando vivia em Los Angeles, meca da sétima arte. Li em algum lugar que era sua (primeira) esposa Tati (oxítona) quem escrevia os textos e o marido assinava. Seja como for, o "poetinha" gostava muito de cinema.
O título de seu Cinepoema não é nem um pouco mentiroso. É poesia e cinema. Extremamente visual, com versos curtos a imitar planos rápidos, cortes secos, o peoma é um filme - com a única diferença que o diretor é você, pois os atores encenam dentro da sua cabeça, ao invés de numa tela.
O poema começa contemplativo e "nada acontece" até a metade da sexta estrofe, quando a calmaria é quebrada e o leitor não sabe direito o que acontece, como num bom suspense, a não ser que se trata de uma tragédia.
Cinepoema é um curtinha mudo e P&B. E por falar nisso, jogando com a polissemia de "preto" e "branco", também é noir.
4.5.13
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